BRASIL – Nossas riquezas naturais – O NIÓBIO

nióbio é um elemento químico, de símbolo Nbnúmero atômico 41 (41 prótons e 41 elétrons) e massa atómica 92,9 u. É um elemento de transição pertencente ao grupo 5 ou 5B da classificação periódica dos elementos. O nome deriva da deusa grega Níobe, filha de Dione e Tântalo — este último, por sua vez deu nome a outro elemento da família 5B, o tântalo.[1] É usado principalmente em ligas de aço para a produção de tubos condutores de fluidos. Em condições normais, é sólido. Foi descoberto em 1801 pelo inglês Charles Hatchett.[2]

O nióbio tem propriedades físicas e químicas similares ao do elemento químico tântalo e os dois, portanto, são difíceis de distinguir. Em 1801, o químico inglês Charles Hatchett relatou a descoberta de um material similar ao tântalo e o denominou colúmbio. Em 1809, o químico inglês William Hyde Wollaston erroneamente concluiu que o tântalo e o colúmbio eram idênticos. O químico alemão Heinrich Rose estabeleceu em 1846 que os minérios de tântalo continham um segundo elemento que foi batizado como nióbio. Entre 1864 e 1865, ficou esclarecido que “nióbio” e “colúmbio” eram dois nomes do mesmo elemento. Por quase um século estes nomes foram utilizados de forma intercambiável. O nióbio foi oficialmente reconhecido como um elemento químico em 1949, mas o termo colúmbio ainda é utilizado na metalurgia estadunidense.

As primeiras aplicações comerciais deste elemento datam de começos do século XX. Existem poucas minas de nióbio com viabilidade econômica. O Brasil é historicamente o primeiro produtor mundial de nióbio e ferronióbio (uma liga de nióbio e ferro) e é responsável por 75% da produção mundial do elemento.[3][4]

É muito utilizado nas ligas metálicas, em especial na produção de aços especiais utilizados em tubos de gasodutos. Embora estas ligas contenham no máximo 0,1 % de nióbio, esta pequena porcentagem confere uma grande resistência mecânica ao aço.

A estabilidade térmica das superligas que contêm nióbio é importante para a produção de motores de aeroplanos, na propulsão de foguetes e em vários materiais supercondutores. As ligas supercondutoras do tipo II, também contendo titânio e estanho, são geralmente usadas nos ímãs supercondutores usados na obtenção das imagens por ressonância magnética. Outras aplicações incluem a soldagem, a indústria nuclear, a eletrônica, a óptica, a numismática e a produção de joias. Nestas duas últimas aplicações ele é utilizado pela sua baixa toxicidade e pela possibilidade de coloração por anodização.

Desde 2013, a Companhia Brasileira de Alumínio controla aproximadamente 85% da produção mundial de nióbio.[75] As estimativas do Serviço Geológico dos Estados Unidos que a produção cresceu de 38.700 toneladas em 2005 para 44.500 toneladas em 2006.[76][77]Estima-se que os recursos mundiais sejam de 4.400.000 toneladas de nióbio.[77] Durante a década entre 1995 e 2005, a produção mais que dobrou, que no ano de 1995 produziu 17.800 toneladas .[78] Desde 2009 a produção se estabilizou na marca de 63.000 toneladas por ano.[79]

Produção de nióbio (toneladas) [80] (Estimativa da USGS)
País 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
 Brasil 30.000 22.000 26.000 29.000 29.900 35.000 40.000 57.300 58.000 58.000 58.000 58.000 63.000 45.000 53.000
 Austrália 160 230 290 230 200 200 200 N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
 Canadá 2.290 3.200 3.410 3.280 3.400 3.310 4.167 3.020 4.380 4.330 4.420 4.400 5.000 5.000 5.000
 República Democrática do Congo N/D 50 50 13 52 25 N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
 Moçambique N/D N/D 5 34 130 34 29 N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
 Nigéria 35 30 30 190 170 40 35 N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
 Ruanda 28 120 76 22 63 63 80 N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D
Produção mundial 32.600 25.600 29.900 32.800 34.000 38.700 44.500 60.400 62.900 62.900 62.900 63.000 69.000 51.000 59.000

Pequenas minas de nióbio foram encontradas nas minas de Kanyika no Malawi.


O bocal do foguete do Apollo 15 CSM na órbita lunar utiliza liga de nióbio-titânio.